A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

Vemos em nos nossos dias que o evangelho está sendo pregado de varias formas, vemos muitas igrejas, muitos tipos de conceitos, doutrinas, e visões. Vemos pessoas diferentes no modo trabalhar e pensar, que vão de um extremo ao outro, mas quem está com a razão? Qual igreja é a certa? Qual visão é a melhor?

Quero dizer que Deus trabalha de varias formas, de vários jeitos, que usa quem Ele quiser, quero dizer que todos de uma forma ou de outra estão fazendo a vontade de Deus, a diferença é que uns dão mais frutos e outros dão menos frutos, uns trabalham com mais intensidade outros com menos, mas Deus está sendo exaltado e quem esta fazendo, esta fazendo para a glória de Deus. O que devemos julgar não é a forma de trabalho, a visão ou a doutrina, mas sim o fundamento que é Jesus, se o fundamento não estiver sendo colocado de forma correta á obra toda se perde, mas se o edifício é construído em cima da verdade de Deus que é Jesus, a construção será boa. Nós muitas vezes julgamos a construção e nos esquecemos de julgar o fundamento, não interessa se algum edifício é mais bonito que o outro, ou se é maior ou menor, o importante é a firmeza, pois foi construído na rocha que se chama Cristo. Não nos interessa a cor do edifício, mas sim a estrutura e a resistência. Muitas igrejas são diferentes de varias formas, mas mesmo assim estão pregado o mesmo evangelho, e isso é o mais importante, se a pregação não mexer na estrutura salvadora do edifício, tudo dará certo no final.

Vamos ver como era a visão de Paulo em relação á pregação do evangelho.

Fp 1.15 Verdade é que alguns pregam a Cristo até por inveja e contenda, mas outros o fazem de boa mente;

Fp 1.18 Mas que importa? contanto que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, nisto me regozijo, sim, e me regozijarei;

Paulo disse que uns pregam Cristo por inveja e contenda, mas o importante era que Cristo estava sendo pregado, na visão de Paulo o importante era a pregação, Paulo acreditava que a palavra fazia a sua função, e que não interessam os meios, mas o importante é que a palavra chegasse aos ouvintes. Deus com certeza vai corrigir individualmente cada um que prega com motivação errada, mas a palavra que é pregada é que o que conta afinal. A autoridade do pregador está em viver o que prega e andar em santidade com Deus, mas se a palavra foi semeada, com certeza dará o seu fruto, mesmo que sejam poucos. Quando mais empenho, dedicação e rendição ao Espírito Santo mais frutos daremos.

Paulo também cria que se alguém estivesse errado Deus o levaria a verdade da palavra, e as mudanças necessárias.

Com relação à doutrina vemos um bom exemplo entre Paulo e Pedro. Paulo tinha sido enviado aos gentios para pregar o evangelho da graça de Deus, ele pegava a fé em Jesus sem se basear na lei de Moisés, mas baseado no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, Já Pedro pregava mais para os judeus, que são aqueles que estavam sob o regime da lei, e quando se convertiam a Jesus ainda assim observavam algumas tradições da lei. Quero dizer com isso que Pedro e Paulo mesmo trabalhando em visões diferentes ainda assim estavam certos.

Tanto um como o outro estavam fazendo a obra para Deus e vivendo o evangelho dentro do que a palavra de Deus concede. Era meio difícil ás vezes combinarem e viverem juntos, mas se amavam e cada um cumpria o seu ministério, e os dois se reconheciam com servos de Deus.

Veja alguns versículos que respaldam o meu comentário:

At 10.45 Os crentes que eram de circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo;

Gl 2.7 antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão

Gl 2.8 (porque aquele que operou a favor de Pedro para o apostolado da circuncisão, operou também a meu favor para com os gentios),

Gl 2.9 e quando conheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas e João, que pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;

Gl 2.10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com diligência.

É muito importante ver que Deus atua de diversas formas, que usa pessoas de varias classes sociais, e pode mudar uma visão para ganhar um determinado povo e também interagir numa determinada cultura, mas Deus mesmo assim nunca perde o controle, e sempre nos guia no caminho estabelecido por Ele.

O aposto Paulo tinha a mente esclarecida a respeito disso, Deus mostrou a Paulo á importância de interagir com ás pessoas, com o objetivo de levar Jesus até elas. Paulo se infiltrava numa cultura e visão para promover Jesus na vida das pessoas, ele pregava nas praças, nas ruas, nos templos, nas casas, também ia de cidade em cidade, mesmo que tivesse que enfrentar povos de estilos, línguas e culturas diferentes.

1Co 9.19 Pois, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos para ganhar o maior número possível:

1Co 9.20 Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse eu debaixo da lei (embora debaixo da lei não esteja), para ganhar os que estão debaixo da lei;

1Co 9.21 para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.

1Co 9.22 Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.

1Co 9.23 Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me co-participante.

É bom ver a ousadia de Paulo, isso nos anima a pregar a palavra com perseverança, mesmo em qualquer circunstância, momento ou lugar.

Hoje em dia vemos tantas contendas e debates, e críticas que atrapalham ás igrejas de Jesus. Cada ministério deveria fazer o máximo em cima do seu conhecimento e revelação de Deus, temos que andar na luz que temos e procurar mais luz de Deus para dar os próximos passos.

Muitas vezes em busca da verdade nos tornamos radicais e extremistas, mas com o tempo chegamos ao que realmente Deus deseja.

Gostaria de dizer que às vezes oscilamos de um extremo a outro em busca da verdade, é procurando a verdade que agente encontra, mas temos que estar sensíveis á voz de Deus.

Às vezes somos radicais querendo provar a todo custo que nosso jeito é o melhor, que nossa visão é a certa e acabamos botamos defeito em todo mundo, mas esquecemos que Deus trabalha de varias formas, e na verdade o que cada um faz é para Deus que ele faz, e o faz dentro da luz que tem.

Não podemos julgar o modo de trabalho e sim tentar ajudar, muitos na verdade tem uma fraqueza, mas Deus concerta, e Deus recebe porque o fazem em cima do conhecimento e revelação que receberam.

Veja o que Paulo fala:

Rm 14.4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar.

Rm 14.5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente.

Rm 14.6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

Rm 14.13 Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão.

Rm 14.14 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.

Rm 14.15 Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.

Rm 14.22 A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.

Rm 14.23 Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.

Paulo está tentando mostrar que existem diferenças de fato, mas podemos viver como irmãos mesmo nas diferenças, mesmo nos costumes e doutrinas diferentes. Não importa se a visão é diferente o importante é que estamos ganhando vidas para o reino de Deus.

Podemos dizer que costumes e tradições não têm muita utilidade para o evangelho, mas algumas denominações trabalham assim, e não compete a nós julgar, nós até temos base na palavra de Deus para não aceitar, mas se isso não atrapalhar na salvação de vidas não tem problema. Se for criar atrito é melhor deixar quieto, mas se nos abrirmos para a vontade de Deus, receberemos mais luz, e poderemos nos ajudar uns aos outros.

Todos nós vamos para o céu um dia não vai existir placa de igreja e grupos separados, mas sim existirá um corpo que se chama igreja e todos adorarão a um só Deus.

Paulo também disse sobre a unidade do corpo de cristo, sobre a unidade dos membros, das diferentes funções que cada um exerce, até que a igreja chegasse a unidade da fé.

Os dons são diferentes, os serviços são diferentes, mas o espírito é o mesmo que opera conforme quer.

1Co 12.4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

1Co 12.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

1Co 12.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

1Co 12.7 A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum.

1Co 12.12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.

1Co 12.13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.

Ef 4.12 tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

Ef 4.13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;

Temos que amar a igreja, e ajudarmos uns aos outros, pois só mudamos o que amamos e é na sensibilidade ao Espírito Santo que chegaremos á perfeição.